Púlpito do Auditório “O Debate: Alexandre x Wainer”

Púlpito do Auditório “O Debate: Alexandre x Wainer”

    Após algumas movimentações, enfim chegou o grande dia! Um debate entre Alexandre, que não era tão grande assim, e Wainer, sem referência na história mundial para ocorrer trocadilhos.

    O debate, que deveria ser uma exposição da situação das obras em andamento nas unidades de Volta Redonda, acabou virando uma pancadaria verbal que teve que ser interrompida e até mesmo guiada pelas representações estudantis. Os 2 lados (isso mesmo, existem somente 2 lados nesta história, apesar de uma figura ilustre que agora passa a ser vista como uma 3º representação não tere mostrado sua face no debate) cabe a vocês, leitores, entenderem quem compõe o que O Rappa descreveria como “lado A lado B, lado B lado A”. E, mais uma vez, esse debate “expositivo” foi um discurso vazio, onde tanto a representação antiga quanto a nova sempre se esquivaram das acusações e das perguntas importantes.

    Acho que somente na UFF-VR as coisas não tem prazo para ocorrer, pois sempre que perguntados sobre prazos, as lideranças respondem o famoso “em breve”. Daqui a pouco as obras do PUVR vão entrar na verba da copa de 2014 ou na das Olimpíadas de 2016, já que esse “coming soon” nunca chega. A coisa ficou tão feia que quando o professor Fábio - diretor da Escola de Ciências Humanas e Sociais que discursou e até foi aclamado - perguntou ao professor Wainer sobre nosso tão sonhado Técnico Administrativo (exigido para que as eleições da ECHS sejam feitas e validadas) este somente respondeu que “o 1º funcionário que vier será lotado na ECHS, pois somos a única unidade na UFF que não possui funcionários lotados” (os que trabalham lá não pertencem as ECHS, estão lotados em outro lugar). Quando o professor Wainer disse isso, o professor Alexandre ainda teve a coragem de dizer “É, Fábio, quantas vezes eu também te prometi a mesma coisa”, tirando validade de suas próprias palavras somente para zombar com as palavras do adversário.

    Explicando melhor, para a ECHS ter eleições válidas, segundo nossos regimentos, precisamos ter no mínimo um funcionário que seja nosso, para compor a comissão eleitoral. E as pessoas que trabalham conosco hoje são “emprestadas”.

    Mas, voltando no tempo, há +-4 anos atrás o nosso atual diretor do PUVR concorria, apoiado pela atual e então direção da EEIMVR. Tal professor era tido como “o melhor candidato para Volta Redonda”. E, na época, o DADJ passava todos os dias em sala para reforçar tal situação, utilizando o lema “Vote certo, vote 6”. A UFF-VR, na ocasião, era um verdadeiro comitê eleitoral, e assim, com o voto de cabresto “imposto” por uma realidade que mostrava somente 1 dos 6 lados do dado, nós obtivemos em Volta Redonda, somando as urnas 1 e 2, 56 votos de Docentes, 17 de técnicos administrativos e 730 votos de alunos a favor do professor Wainer, o que representou 92% dos votos válidos, contra 7 votos de Docentes, 3 de Técnicos Administrativos e 28 votos de alunos a favor do atual Reitor, Professor Roberto Salles. Sem contar o dia que o atual reitor compareceu a UFF-VR para fazer campanha política e quase foi expulso pela amiga do Cebolinha.

    Com isso, podemos notar claramente que, talvez, as intenções não são somente uma melhora na estrutura do Pólo e pode sim ser um jogo político muito bem armado. Com um candidato a menos e apoio da casa, as coisas podem ser mais fáceis nas eleições do ano que vem.

    Como foi dito no debate expositivo ocorrido na UFF, a atitude do Professor Alexandre de chamar eleições é muito bonita, democraticamente falando. Porém desde Julho já havia comentários de que o Império Macedônico, que já durava por +- 2 anos e nunca se preocupou em ter eleições, estava para cair. Então, olhando por outra ótica, esse podia ser seu último suspiro. E assim foi, apesar de quase ter conseguido sobreviver através de um “abaixo assinado” duvidoso.

    A coisa toda é tão estranha que o Diretor e o Vice-Diretor do PUVR estão em lados opostos nessa moeda. Dá para ver que o pessoal lá de Niterói está sabendo fazer a bola rolar direitinho. Só cuidado com a soberba, as pessoas já não são tão bobas mais, até porque “depois de vinte anos na escola não é difícil aprender todas as manhas do seu jogo sujo. Não é assim que tem que ser? Vamos fazer nosso dever de casa e aí então, vocês vão ver suas crianças derrubando reis, fazer comédia no cinema com as suas leis.”

    O que temos que fazer agora é cobrar respostas para a atual gestão. Mas respostas que não sejam “palavras apenas, palavras pequenas, palavras”. E ai, professor Wainer, “até quando esperar a plebe ajoelhar esperando a ajuda de DEUS?”. Queremos datas, queremos falas concretas, CHEGA DE DISCURSO VAZIO! Cansamos de ficar “esperando o carnaval do ano que vem” porque “não sei se o ano vai ser do mal, ou se vai ser do bem”.

    Quando o prédio ficará pronto? Quando chegará nosso funcionário?
Ao ver isso tudo, infelizmente, a conclusão que chego é que “o Senado é aqui”. A única diferença é que o nosso é composto apenas por professores.

    Enfim, galera, “mudaram as estações, mas nada mudou” e ”eu só peço a vocês
um pouco mais de malandragem”.

*Púlpito do Auditório – PHD, Formado em Ladainha pelo HPEG (Horário Político Eleitoral Gratuito), Mestre em Redundâncias e Prolixismos pela CD (Câmara dos Deputados), Doutor em Conversas e Discursos Vazios pelo SF (Senado Federal) e Pós-Doutos em Fugas de Perguntas e Projetos que só aparecem em ano de eleição pelo ILBE (Instituto Lulalá Brilha Estrelinha).

** texto publicado na quarta edição do jornal "ADM INFORMA" OUTUBRO DE 2009