quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Crônica “Extintor de Incêndio” 4º Edição ADM INFORMA


     Primeiramente gostaria de fofocar que os membros do CAADM acabaram de publicar o 1º Ato Secreto da Casa, nele está previsto que é proibido haver atos secretos, pelo menos por nossa parte.

    Bom, sem mais delongas, vamos tratar de um assunto sério. O fato é que estamos na Universidade FEDERAL Fluminense. Como o próprio nome já diz, é federal, e não particular. Então, tudo que ali existe é de propriedade de TODOS nós, alunos, professores, funcionários e cidadãos brasileiros. É como se fossemos pagos indiretamente para estudarmos ali, por cidadãos que contribuem com o governo, pagando impostos. Assim, acho que o mínimo que as pessoas devem fazer é preservar esse patrimônio para que outros também possam usufruir dele. É triste ouvir reclamações sobre alunos que, supostamente, deveriam ser uma seleta parte crítica e pensante da sociedade, futuros formandos e formadores de opinião, mas que, infelizmente, preferem passar seu tempo arrancando adesivos das placas indicativas do prédio, desrespeitando professores ou ainda fazendo uso de substâncias ilícitas dentro da nossa instituição! Cadê o respeito?! Eu mesmo, o Extintor de Incêndio, sou alvo de inúmeros atos de vandalismo por pessoas que me apertam só para espalhar pó químico pelos corredores. Mas enfim há uns 2 meses atrás, pela primeira vez, me senti útil, porque quase fui acionado para apagar uma tentativa de incêndio no 6º andar, causado por alguém que incorporou um espírito terrorista, munido de uma bomba caseira, preparada para “apagar uma cola”. Essa história da até pra virar filme, “A Cola de Fogo”!

    Pra ser sincero, acho que esses pseudo-incendiários deveriam ser denunciados junto às autoridades, expulsos da nossa instituição, presos por atentado contra o patrimônio público ou, ainda, por tentativa de homicídio, já que havia alunos no prédio durante tal ato. Por isso pedimos, se alguém souber quem foi o Taliban, denuncie! Imagina a situação: você na aula de Física ou de Administração Financeira, tendo que sair correndo do prédio e a galera cantando: “boom, boom, boom, o homem bomba!!”. É triste, mas, pelo visto, na UFF ainda existem homens primatas, que “desde os primórdios até hoje em dia ainda fazem o que o macaco fazia”, se não bastasse isso, ainda tivemos o roubo de 2 Data Shows no fim do período.

    Deixando de lado essa negatividade, vamos tentar falar de coisas boas! Fontes quentíssimas nos disseram que o novo prédio da Escola de Ciências Humanas e Sociais (ECHS) enfim ficará pronto.  Especula-se que até março de 2010 as construções estarão encerradas. Já eu, na minha humilde situação, acho que só lá pra AGOSTO. A GOSTO da construtora e de Deus, só aí que o empreendimento estará realmente finalizado e pronto para operar. Enquanto isso, alguns alunos terão algumas poucas aulas no colégio Batista, em específico, algumas optativas e matérias extras e, desde já, falo para que não percam as oportunidades, pois algumas matérias só serão oferecidas novamente em 2011.

    Mas o interessante disto tudo é a forma como o assunto foi tratado. A possibilidade concreta de estudar no Batista foi citada por um professor em sala de aula, sem ao menos todo o resto do corpo docente saber de tal assunto. Sem respostas e mais cego do que o Jatobá em tiroteio, houve uma conversa com os representantes dos docentes, onde não foi possível saber a resposta de todas as nossas dúvidas. Assim, fomos direto ao Pólo, onde também houve uma reunião onde seu representante disse coisas que, segundo ele, não foram ditas. Nossa, que situação complicada! Baguanqueliê! Ou seja, algumas coisas citadas dentro daquela sala pela direção do Pólo foram desmentidas depois na frente de nosso corpo docente. Mas isso não é de nos causar muito espanto, já que o assunto adquiriu tanta importância que enquanto ele era, finalmente, debatido em uma reunião de colegiado da ECHS, o ex-diretor do Pólo, Alexandre, que não era tão grande assim,  tirava uma alta soneca - na verdade deu 3 daquelas pescadas dignas de um profissional - fazendo uma pose à la Pensador, obra de arte do artista Rodin. Nada contra, pois quase todos os presentes também tiveram vontade de dormir, enquanto o personagem anterior contava mais uma vez a historinha de como tudo começou, das ajudas da Cida Diogo, do que houve na obra, das ajudas da Cida², dos problemas enfrentados, das ajudas da Cida Diogo³, etc., etc. e Cida Diogo. Aliás, gostaria de dar os parabéns ao professor Fábio por ter levado o assunto do colégio Batista para debate em colegiado e pela forma democrática como conduziu a reunião, apesar do mesmo ter explodido de emoção ao saber da saída do professor Motta e de ser um pouco indelicado às vezes com alguns professores, onde até os mesmos mostraram insatisfação. Por favor, professor mais modos, né!     Não é porque o Marcelo Taz foi embora que vamos soltar foguetes.

    O assunto era muito importante e realmente deveria ser debatido, já que tanto os alunos da ADM – que, ao meu ver, são tão alunos da UFF quanto qualquer outro que estuda em VR ou outra cidade onde haja UFF - e os professores eram afetados diretamente. Estes trabalhavam em uma sala em que nos períodos de chuva precisava-se usar colete salva vidas e capacete de proteção, pois a qualquer hora o teto poderia ceder e aquilo ali virar um Rio Ganges. A situação tava tão dramática que Eu, o Extintor de Incêndio, a Mesa da Cantina, o Mural do CA, o Banquinho de Madeira e o Roteador Wireless quase enviamos um vídeo gravado nos corredores da UFF, enquanto chovia do lado de fora e, curiosamente, do lado de dentro do prédio, para o “Lar Doce Lar” do “Caldeirão do Huck”. Lá nós até dançaríamos YMCA para conseguir as obras no que Dart Vader chamaria de “o lado negro da UFF”. Aproveitando a situação, dançaríamos a Macarena para conseguir o busão da UFF, que seria enviado ao “Lata Velha” para sofrer reparos.

    Gostaria de registrar um agradecimento também aos professores Pítias e Ricardo Thielmann, por todo o trabalho de conseguir salas, carteiras, vagas para alunos e até matérias, no período passado. Agradecemos também ao professor Fábio, pela forma democrática e clara que vem conduzindo a ECHS e um agradecimento em especial para um professor que disse a frase mais ilustre do período: “Não sei para que existe o Pólo se o mesmo não pode tomar decisão alguma”.


*Extintor de Incêndio é Crítico, Apagador de Incêndios e PHD em Assuntos Obscuros e Sem Resposta.

(Os Cronistas convidados Extintor de Incêndio, Mesa da Cantina, Mural do CA, Banquinho de Madeira e  Roteador Wireless se revezarão neste espaço)

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